As bancadas que colocam os jogadores a tremer

Curva Sud,  San Siro (AC Milan)

Uma das maiores rivalidades no futebol europeu junta os dois clubes no mesmo estádio. Neste caso, a bancada Curva Sud (sul) está reservada para os adeptos da equipa sete vezes campeã europeia.

A curva tornou-se célebre devido a dois grandes grupos de apoiantes do clube de Milão: a Fossa Dei Leoni que se estabeleceu em San Siro em 1968 e a Brigata Rossonera uns anos mais tarde. Hoje, ainda é possível ver a bandeira deste último grupo de ultras na Curva Sud. A Fossa terminou em 2005, após alguns membros terem sido associados à máfia italiana. Nesta bancada é costume ver os ultras do Milan a incentivarem a equipa, entre coreografias enormes, cartazes criativos, bandeiras, e, claro, cânticos e gritos.

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Stretford End, Old Trafford (Manchester United)

O mítico Teatro dos Sonhos, por onde já passaram alguns dos maiores jogadores de todos os tempos, tem uma das bancadas mais imponentes do mundo. Só na bancada oeste, cujo nome é uma referência à cidade de Stretford, nos subúrbios de Manchester, cabem 20 mil adeptos.

Foi criada nos tempos em que os adeptos ficavam de pé em Old Trafford, tendo sido demolida em 1992 para cumprir as regras da Premier League, que obrigava os clubes a terem lugares sentados. Assim, o nome foi mudado para West Stand, mas o nome ainda lá está e é ali que os adeptos mais fervorosos continuam a apoiar entusiasticamente a equipa.

É também ali que está a estátua de Denis Law, futebolista do clube que foi apelidado de Rei de Stretford End.

Peluza Catalin Hildan, Dinamo Stadium (Dínamo de Bucareste)

Um dos maiores e mais loucos grupos de adeptos está Bucareste, na Roménia. No Dinamo Stadium, a bancada norte é conhecida por Peluza Catalin Hildan, em homenagem ao antigo capitão Catalin Hildan, que morreu durante um amigável em 2000 com apenas 24 anos. É ali que moram, desde 1996, os Nova Guardia, um fervoroso grupo de ultras.

Os adeptos têm uma música dedicada ao antigo capitão que é cantada todos os jogos da equipa.

Gate 13, Apostolos Nikolaidis Stadium (Panathinaikos)

Costuma dizer-se que o clima vivido nos jogos na Grécia é o mais selvagem de toda a Europa. Os adeptos do Panathinaikos são dos mais fervoroso do país e há quem diga que são a claque mais barulhenta em toda a Grécia.

O Gate 13 é o nome dado aos ultras do Pana, que foi criado em 1966 e, portanto, a mais antiga do país. O nome é uma referência ao portão de entrada número 13, onde os adeptos do Panathinaikos se reuniam sempre antes dos jogos.

Parede Amarela, Signal Iduna Park (Borussia Dortmund)

O Borussia de Dortmund além de ser o estádio com melhor taxa de ocupação de toda a Europa – e o estádio leva 80 mil adeptos – tem uma das maiores claques do mundo.

Ainda que esteja praticamente sempre cheio, é impossível não destacar a famosa Parede Amarela, um autêntico muro pintado com as cores do clube por 25 mil adeptos. É a maior bancada livre sem cadeiras do mundo. Tem 100 metros de largura e 40 de altura, com uma inclinação de 37 graus.

“Se fores o inimigo, eles destroem-te, mas se os tiveres nas tuas costas como guarda-redes, é incrível”, afirma Roman Weidenfeller, um dos guardiões do clube. “Fico com pele de galinha sempre que os ouço. Somos uns felizardos por ter uma bancada destas”,destacou Marcel Schmelzer, um dos capitães do Dortmund.

Aqui também se canta a “You’ll Never Walk Alone”. Para os adversários, este muro pode ser um autêntico pesadelo. Esta ideia é defendida por Bastian Schweinsteiger, médio alemão que jogou 12 anos na equipa principal do Bayern de Munique: “É da Parede Amarela que mais tenho medo”.

* Texto originalmente publicado na 4Men

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