As apostas desportivas em Portugal, nos primeiros seis meses do ano, registaram uma média de 4,4 milhões de euros por dia à cota (apresentadas por referência e com um valor relativo a uma modalidade desportiva), num total de 799 milhões no primeiro semestre, revelam dados do relatório do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), citados pelo Jornal de Notícias.
O valor engloba as 13 empresas detentoras de licença de jogo legal no território, deixando de fora o mercado paralelo, refere o jornal.
De acordo com dados avançados pelo jornal, em 2018 a faturação cifrava-se nos 319,8 milhões de euros. Em 2022 o valor ascendia aos 1,5 mil milhões de euros.
Quanto a utilizadores inscritos o valor também tem subido. Em 2018 havia registo de 414 mil, aponta o JN, sendo que atualmente 3,8 milhões de utilizadores, já que uma pessoa pode estar inscrita em mais do que uma plataforma de apostas.
A zona do Porto é a que regista mais registos no último semestre com 21,2%, ligeiramente acima de Lisboa, que conta com 20,6% dos utilizadores, refere o jornal.
O futebol lidera no mundo das apostas desportivas em Portugal, com 68,4%, em segundo lugar aparece o ténis (20,1%) e em terceiro o basquetebol (7,4%).
Esta sexta-feira, o Governo leva a votação uma proposta de lei para o combate à corrupção desportiva.
No segundo trimestre deste ano havia registo de 13 licenças para exploração de apostas desportivas à cota e 17 para exploração de jogo de fortuna e azar.
Este ano, o SRIJ notificou 25 operadoras ilegais para encerramento e 65 sites de apostas para serem bloqueados, refere a publicação.
O processo Jogo Duplo, de 2017, tinha 27 arguidos e levou a cinco condenações por viciar resultados na I Liga e Liga 2, refere o jornal. Entre os condenados a pena de prisão estão Carlos Silva, Gustavo Oliveira, Rui Dolores, Hugo Guedes e João Tiago Rodrigues. Também Abel Silva, um ex-jogador do Benfica e campeão mundial de sub-20, foi proibido de exercer funções desportivas e condenado a dois anos de pena suspensa, refere o jornal.